Sempre uso este espaço para escrever assuntos que são mais próximos do universo da arte. Aqui eu escrevo de forma simples, meio corrida e com a única pretensão de expressar o que sinto. Hoje este espaço faz um ano de existência e pela primeira vez me veio um tema na cabeça. O tempo. Tem muito de arte nele, porque esse fenômeno talvez seja o único maior que a morte e a vida. Afinal, é quem executa os dois.
Cazuza dizia que o tempo não pára. O provérbio popular diz que o tempo é o melhor remédio e também que o tempo mostra quem é quem. Há muita verdade nisso. O tempo mostra pra gente o que realmente teve ou tem valor na nossa vida. Quem de nós pode dizer que não teve vontade de voltar no tempo para agir diferente e apagar um erro de que nos arrependemos? Quem de nós não teve vontade de fazer parar o tempo para prolongar um momento especial?
O ansioso é aquele que quer agir mais rápido que o tempo. O fracassado costuma deixar o tempo passar sem realizar o que deseja. Quem tem essência de artista gosta de observar com sensibilidade o que o tempo descortina ao seu redor; o homem comum passa correndo só percebendo o ponteiro do seu relógio gritando que ele está atrasado. Percebi que a desculpa daqueles que não estão vivendo é sempre ficar dizendo que não têm tempo para nada. Tem aqueles que dizem isso para evitar um telefonema ou um encontro.
Salve o tempo que nos faz evoluir ou piorar! Que nos faz perdoar ou ser envenenado pela mágoa. Que tem a força de fazer uma arte efêmera ou eterna. Salve esse tipo de fenômeno inflexível, incontrolavelmente constante, pontual e democrático. Um dia eu ainda aprendo a parar o tempo só para agradecer pelo pouco que ele me foi mestre. Feliz aniversário para os que visitam este espacinho desde que ele nasceu nesse tempo de um ano. E para aqueles que leram somente esta crônica, no lugar de bom dia, boa tarde ou boa noite, eu desejo a vocês BONS TEMPOS!